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sábado, 7 de janeiro de 2017

Lobo selvagem e o capuchinho vermelho



Ela veste a pele de capuchinho vermelho.
Ele veste a pele de lobo.
Ela não é apenas uma menina indefesa e ele não é apenas selvagem e indomável.

No fundo ela tem em si o poder de o domar e ele tem em si a loucura para lhe resistir de uma forma que a intriga.
O desafio está desde o olhar ao imaginar, mas sobretudo no desafio físico de se resistirem como se fosse impossível viver esta loucura indomável.

Ela pode o ter como nunca ninguém o teve.
É bruto e suave
é o mimo e a sensualidade a reinar,
é fugir sem escapar
é aproximar sem querer ficar
é um jogo de travar e acelerar
Nem ela domina nem ele resiste,
nem ela quer nem ele insiste

Nada é programado nem forçado é quase tudo escrito e destinado.
Separados são fortes mas juntos são insuperáveis.

Ela é o homem que nele estava a faltar
ele é a mulher que nela deixava de despertar.
Ela é traiçoeira, ele é o capuchinho vermelho de ingenuidade,
trocam de papéis como quem troca de posição sexual.
Nem por cima nem por baixo,
Só sexo animal, espiritual e excepcional.

Nunca e sempre?
Nada nunca será aquilo que se pensa ser para sempre
Nem o sempre será..
Será uivar uivar e continuar a uivar
Depois, é só aguardar
Lua cheia, uma capa encarnada
Farão desta história de amor a mais encantada.



MA

4 comentários:

  1. Lindo e especial como sempre....
    Parabéns

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    1. Obrigado Salete de coração.
      Espero que continues a acompanhar o meu blogue.
      Beijinhos

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  2. Adoro.
    Tinha saudades de ler algo assim. Cheio de paixão.

    Tiana

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    1. Tiana Tiana, sabes bem o quanto isto está em mim e o quanto eu não partilho virtualmente.
      Exclusividade conquista-se e tu sabes disso melhor do que ninguém.
      Continua acompanhar, pode ser que eu te consiga surpreender mas duvido.
      Beijinhos.

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