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sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Energia e foco



"Poesia, teatro, musica, humor, e tantos etc..

Arte a viver dentro de mim
Nunca pensei, era pequeno com um nome.
O meu pai escolheu Miguel Ângelo, por gostar muito do grande artista renascentista. 
Eu podia ser um médico ou um dentista
mas pelos sinais que fui sendo artista.
Ignorei, continuei, tentei ser como os outros, e conseguia porque representar já me favorecia.
Tentei fingir, e isso até me divertia.
Mal escrevia, mas sabia que isso de mim não fugia.
Todo eu era filosofia e poesia.
As coisas foram tomando o seu curso, e eu que tantas vezes tinha sido vil, tantas vezes tinha sido estúpido e ridículo perante tudo e todos estava a mostrar e demonstrar o porquê de querer tanta coisa ao mesmo tempo.
Eu nunca tinha sido o que queria, nem a mim me pertencia, era do mundo por não ser eu porque fazia o que toda a gente me pedia:
Agora sou do mundo na mesma mas a diferença é que faço o que eu me peço para fazer, respeito a minha natureza e não tenho medo de mostrar a minha essência e com isso sou mais do que um nome. Sou Miguel Ângelo sim, mas não o cantor, não o pintor, não outro qualquer, eu sou este que Deus quer, sou este que o meu pai quis, sou tudo e não sou nada, mas respeitando o que sou, sou a pessoa mais feliz.
Porque tenho mãe, tenho pai, tenho irmãs, tenho até um cão.. E até da merda estou livre porque não tenho um tostão."

Miguel Ângelo Pacheco Cruz, escrito a 4 de Julho de 2014 (23 anos).


Hoje.

Miguel do passado, vou ser breve depois de ler o que escreveste.

Não saber manter a boca fechada nos momentos certos é meio caminho andado para desperdiçarmos a nossa energia e vitalidade. A maior parte das vezes uma ‘língua solta’ vem acompanhada de uma mente descuidada, um raciocínio desleixado e um temperamento descontrolado.
A dificuldade em saber sair de cena, descer do palco e permitir que o universo termine o espectáculo é a principal razão para tanto stress e desajuste que se instala em nós e à nossa volta. 

Aprender a silenciar, é a melhor forma de poder. 
Poderoso por vezes não é quem luta mas quem tem poder para escolher as suas lutas. 
Diz apenas aquilo que pretendes ver reflectido no teu universo. 

Ter cuidado a expandir a própria existência é o melhor serviço que podemos prestar para a humanidade, e ‘calar’ é por vezes a prática mais proveitosa que podemos aplicar na nossa própria vida. Tu não podes claro, o teu tempo já passou. Mas eu posso e devo-te a ti a melhor versão de nós os dois. 

Silenciar é a única maneira de adquirir o poder da palavra. E juntos seremos a  acção que faz da palavra a sua forma de afirmação.  

Não sei como tudo se vai passar, mas sei que a correr, a caminhar ou a rastejar nada me fará perder a vontade de ganhar. A vontade de ser à minha maneira, de ter identidade, determinação e com isso ser mais do que ganhar.
Ser a conjugação perfeita do verbo superar.



Miguel Ângelo Pacheco Cruz, 26 anos a 20 de Janeiro de 2017

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